Um Lugar Bem Longe Daqui | Daisy Edgar-Jones brilha em adaptação intrigante

Danilo de Oliveira
4 Min de Leitura
Sony Pictures/Reprodução

Adaptações literárias já são há algum tempo juntamente com os filmes de super heróis, uma boa fonte para o cinema em Hollywood. Toda vez que surge um best seller os produtores vem a oportunidade de adapta-lo para o audiovisual e trazer tanto a base de fãs quanto o publico casual para ver-lo. Foi assim com Harry Potter, Jogos Vorazes, Garota Exemplar e muito outros.

Adaptado do livro de Delia Owens, Um Lugar Bem Longe Daqui aposta em uma história intrigante de suspense e mistério com doses de romance, além claro do carisma de Daisy Edgar-Jones para nos contar sobre Kya e sua surpreendente vida.

Kya Clark (Daisy Edgar-Jones) é uma jovem que teve uma vida difícil. Apanhava do pai, enquanto viu a mãe e os irmãos irem embora. Ficou para trás, na casinha no meio do pântano. Na cidade, onde todas a viam como alguém que não sei encaixava, a garota, que vivia com roupas sujas e pés no chão, foi apelidada de Menina do Brejo. Ela é acusada de matar Chase Andrews (Harris Dickinson), o garoto sensação da cidade, ex-jogador do time do colégio e tudo mais e desde de então o filme se monta em duas linhas narrativa: os flashback contando o passado difícil de Kya e seu julgamento.

Sony Pictures/Reprodução

Com essa duas linhas temporais na narrativa o roteiro de Lucy Allibar é vigoroso e maduro! No momento em que ele parece ir para o romance mais básico a lá Nicolas Spark também existe o desamor, desencontro, decepção, desespero. E toda a atmosfera, tão importante para o desenvolvimento de seu mistério, é muito bem construída em torno da sua protagonista que juntamente com a atuação e o carisma de Jones consegue nos convencer de todos equívocos da história e nos envolver e se importar por ela.

A direção de Olivia Newman conduz com leveza e ao mesmo tempo consegue unir bem a tradução cinematográfica à linguagem literária que não acelere o que as páginas de um livro dizem tão bem. É uma adaptação que em nenhum momento deseja se apressar, mas que sua edição e direção deixe seu ritmo cair. A fotografia de Polly Morgan encanta, ao usar bem a iluminação do pântano, tão misterioso para exaltar o tom de suspense, tristeza e beleza que o filme exige.

Sony Pictures/Reprodução

Como eu falei no inicio, Daisy Edgar-Jones é outro acerto. Em boas trocas com atores do calibre de David Strathairn (Boa Noite e Boa Sorte) e Sterling Macer Jr. (Dragão: A História de Bruce Lee), a jovem atriz mostra pra que veio.. Ela sabe como transitar entre emoções e, sobretudo, entre o amor e a decepção. Dá força para o longa-metragem e os contrapontos ao romance da personagem com os jovens Tate (Taylor John Smith) e Chase (Harris Dickinson) ganham força.

Um Lugar Bem Longe Daqui é uma ótima e até por se dizer surpreendente adaptação. O longa sabe trabalhar bem temas relevante assim como sabe deixar seu espectador preso na história por mais de duas horas, sem cansar. Uma história que arrancará lagrimas e sentimentos de sua plateia e pra quem curte um bom romance regrado a mistério.

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