Downton Abbey 2: Uma Nova Era diverte ao mesmo tempo que é profundo nos dramas aristocráticos

Danilo de Oliveira
4 Min de Leitura
Universal Pictures/Reprodução

A elogiada série britânica Downton Abbey, retorna aos cinemas! Criada por Julian Fellowes em 2010 o  drama histórico, ambientada no início do século XX da família Crawley conquistou uma grande legião de fãs e muitos prêmios.

Apesar do longa metragem lançado em 2019 parecer encerra os arcos da história, o sucesso inesperado de quase US$ 200 milhões de bilheteria para um orçamento de apenas US$ 20 milhões, fez o estúdio dá um sinal verde para uma sequencia ainda maior.

Apesar de maior Downton Abbey 2: Uma Nova Era, traz despedidas e como seu sub-titulo menciona recomeços em uma historia simples, mais profundo do que o seu antecessor e surpreendentemente divertido.

Universal Pictures/Reprodução

Uma Nova Era se passa no final dos anos 1920, mas ainda antes do crash da Bolsa de Valores de Nova York. Nesta época, o modo de vida da burguesia já vinha se modificando e até mesmo para os Crawley a situação já não era mais como nas décadas passadas. Tanto é que os dois arcos do longa colocam a família em busca de novas posses, para que possa seguir com toda pompa e elegância de quem já recebeu uma visita real em seu castelo.

No primeiro deles, a Lady Violet (Maggie Smith, maravilhosa como sempre) revela que herdou uma vila no sul da França de um antigo afeto, com quem teve um passado misterioso. Porém, a viúva do falecido que deixou as terras para a matriarca dos Crawley questiona o testamento e, por isso, uma comitiva da família parte de Downton Abbey  para tentar resolver a situação, garantir mais um imóvel para o seu inventário e desvendar um possível segredo sobre a linhagem de um personagem importante.

Na outra, uma produtora de cinema oferece uma boa quantia para a família alugar Downton Abbey para ser locação para um filme. Apesar da relutância de Robert (Hugh Bonneville), que acha o “kinema”, como ele diz, uma baixaria, Lady Mary (Michelle Dockery) bate o pé para abrir as portas do castelo para a produção, uma vez que o dinheiro recebido poderia pagar o conserto do telhado, que está cheio de goteiras.

Universal Pictures/Reprodução

Dentro dos arcos, que transformam o filme em dois, a escrita de Fellowes e a direção do recém-chegado Simon Curtis (Sete Dias com Marilyn) conseguem desenvolver bem seus diversos personagens e entrega momentos gostosos de ver e que provocam riso até de quem está chegando agora no mundo de Downton Abbey. É tudo tão orgânico dentro daquele universo quase surreal que até seus exageros acabam sendo algo prazeroso de ver e rir.

Outro ponto de destaque está no segundo arco que mostra um pouco dos bastidores de uma produção dos anos 1920, pegando a transição do cinema mudo para o falado, com os membros da família desdenhando do tipo de arte.

Downton Abbey 2: Uma Nova Era consegue com louvor a façanha de ser ao mesmo tempo mais leve, divertido e profundo que seu antecessor. O desfecho é emocional e dramático, mas longe de ser inesperado e sendo uma despedida e um novo recomeço para que a série pode caminhar nas telas se quiser.

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