O Monsterverse da Legendary Pictures já está consolidado, isso ninguém pode reclamar! Desde de o novo Godzilla surgiu em 2014 e agradou o grande publico, os demais filmes da franquia como Kong: A Ilha da Caveira e Godzilla 2: Rei dos Monstros foram ganhando novos adeptos e preparando terreno para o confronto das duas criaturas mais famosas do seu universo e também do cinema: Godzilla e King Kong.
Pois eis que 2021 a aguardada briga chega aos cinemas e a aventura dirigida por Adam Wingard traz o melhor e o pior da franquia: porrada de monstro e personagens humanos demais pra uma trama simples e mais pensada no entretenimento que em algo complexo.
Quando Godzilla parece atacar aleatoriamente algumas cidades do mundo, uma equipe de cientistas vê em Kong e nas suas origens um meio de deter o lendário lagarto gigante. Enquanto isso, Madison (Millie Bobby Brown), salva por Godzilla no filme anterior da franquia, tenta descobrir o que enfureceu o Rei dos Monstros e está causando esses ataques.
Bom, aqui a trama tem varias incongruências para justificar o confronto, seja colocando Kong como um pseudo protagonista e Godzilla como uma fera desembestada, Godzilla vs Kong se identifica bastante com os filmes kaijus japoneses do que as obras de monstros americanos que tentam focar mais no drama humano que em suas criaturas.
Aqui mais uma vez há personagens demais pra pouco tempo de filme e espaço para eles, o que acabam em tramas pífias e sem nenhuma relevância, e isso chega a ser é um problema, pois o roteiro tenta equilibrar esses dramas e personagens juntamente com o quebra pau de monstro, o que acaba em uma bagunça colossal. Pra resumir: eles bateram inúmeras coisas apresentadas no universo da franquia no liquidificador e foram colocando lá do jeito que o roteirista deu pra fazer. Se isso vai te atingir negativamente, vai muito do que você espera dessa produção.
Mas se você estiver pensando no maior entretenimento que o longa se propõe a trazer no titulo, não sairá decepcionado. As batalhas das criaturas são incríveis com diversidade de cenários e situações, onde os efeitos especiais brilham e o som arrebata o público, e a parte técnica dando o peso necessário a esse verdadeiro duelo de titãs.
Nesse sentido, o filme é extremamente sucedido. É difícil não se empolgar vendo Godzilla e Kong arrebentando um ao outro sob luzes de neon. E olha que um outro kaiju clássico ainda se junta ao combate eventualmente, para delírio dos aficionados – os fãs também vão se divertir encontrando alguns easter eggs durante o filme.
No geral Godzilla vs Kong é um autentico blockbuster escapista que apesar de trazer o lado mais problemático desse universo ao menos entrega o mais próximo das produções kaijus japonesas, empolgando pela luta livre das criaturas titânicas e se importando pouco com o dramalhão e personagens humanos. Um gorila gigante brigando com um lagarto atômico é apenas uma briga de um gorila gigante com um largato atômico e nada mais rsrsrs
