Lucicreide Vai Pra Marte | Lucicreide chega às telonas, mas talvez devesse ter ido apenas para Marte

Priscila Dórea
4 Min de Leitura
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A casa de Lucicreide (Fabiana Karla) vira um inferno depois da chegada de sua sogra que, despejada, resolve morar por lá. Abandonada pelo marido Dermirrei (Nelson Freitas) e sem conseguir liderar seu lar diante dos seus cinco filhos, ela só tem o desejo de ir embora para bem longe. Diante desse cenário Lucicreide, por engano, acaba se juntando a um grupo de candidatos para uma viagem sem volta para Marte. Mas, antes, ela terá que passar por uma série de testes na NASA.

Não é a primeira vez que personagens criados na TV têm seu momento de estrela e protagonizam o próprio filme. Porém, mesmo que Lucicreide seja uma das mais queridas personagens de Fabiana Karla, seu longa metragem não funcionou por completo. A impressão é que está algo faltando, uma risada de fundo ou um parceiro de cena para devolver a piada. Ou talvez o problema seja não a falta de algo, mas o excesso: cenas curtas parecem render mais graça a Lucicreide.

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O roteiro em si é interessante, porque tem toda licença poética das comédias escrachadas que não tem limites e onde tudo é possível. Então as loucuras e confusões que Lucicreide consegue se meter apenas sendo ela são bem críveis dentro desse mundo. Um fator que o filme tem a seu favor é a contribuição que deu a história do cinema brasileiro, já que parte do filme foi, de fato, rodado na NASA.

É a primeira produção desde Armaggedon (1998) a rodar no local, e o roteiro não pensou meia vez em usar e abusar de referências de filmes clássicos do cinema mundial, como o próprio Armaggedon, Alien, Star Wars e até um pouco de 007. Claro, todas cenas são bem aleatórias e engraçadas

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O filme também possui muitos efeitos especiais e conta com sequências rodadas em um avião que simula gravidade zero. A aeronave, dedicada ao treinamento de astronautas, partiu de Las Vegas e fez acrobacias sobre o deserto de Nevada, criando sequências inéditas no cinema brasileiro.

De forma geral podemos pensar nele como um filme “sessão da tarde” e muitos talvez se interessem em assistir tendo isso mente logo de imediato, mas ainda assim alguma expectativa extra foi criada em cima da produção, tanto pela participação da NASA, quanto pela volta da icônica personagem e pela presença da própria Fabiana Karla. E talvez o produto entregue não consiga atender a todas as expectativas.

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Lucicreide Vai Pra Marte vale o tempo usado para ser assistido? Talvez. Vou vai rir? Provavelmente menos do que o esperado. Porém, acima de tudo, ainda é válido dar uma chance, afinal humor e senso de humor as vezes pode ser muito individual, e aqueles que não funciona para uns, pode ser aquele filme que irá te fazer chorar de rir.

 

 

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Jornalista e potterhead para toda eternidade, tem um amor nada secreto por mangás e picos de felicidade com livros em terceira pessoa. Além de colaboradora no Cinesia Geek, é repórter do Grupo A Tarde e coapresentadora do programa REC A Tarde.
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