Crítica – As Sufragistas

João Fagundes
3 Min de Leitura

Inglaterra, ano de 1912. Mulheres eram mais do que nunca tratadas com “res” (coisa), vivendo para o lar e para o trabalho árduo, sabendo que nunca terão um cargo de visibilidade. Essa luta incessante por igualdade é pertinente para os dias de hoje, assim como esse filme que conta com grandes mulheres em seu elenco.

Em meio ao Movimento das Sufragistas, Maud (Carrey Mulligan), uma mulher batalhadora e resignada vê sua vida mudar quando opta em ingressar em um grupo militante, que após anos de manifestações pacíficas entendem que sem desafiar a lei não terão resultados. Juntamente com o incentivo de Edith Ellyn (Helena Bonham Carter) e a força da líder Emmeline Pankhurst (Meryl Streep) serão soldados nessa guerra.

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A película possui muita beleza. Até mesmo em atos de violência e rebeldia será possível sentir a veracidade em todas as cenas, com um grande show de dramatização, com destaque para a atriz Ane-Marie Duff (da série “Shameless”) e o ator Brendan Gleeson (do recente “No Coração do Mar”). Sobre a trindade já citada, desempenham bons papéis, porém Streep faz rápidas aparições, ainda que sejam momentos magníficos. Helena está adorável, e Carrey é cativante. Acertaram no elenco!

A obra peca em pequenos momentos de previsibilidade, acontecimentos do âmbito familiar e trabalhista que são rapidamente adivinhados pelo espectador. A fotografia está agradável em boa parte da obra, não tão boa quanto a trilha sonora do grande Alexandre Desplat, responsável por arranjos em grandes filmes; neste ele não decepcionou.

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É emocionante, ver que são conquistas a base de muito sacrifício; vidas que mudam e/ou se perdem no decorrer de situações que poderiam em tese ser resolvidas com diplomacia. Determinação é a lição que “As Sufragistas” trazem para esse longa de beleza sem igual.

Com esse, a diretora britânica Sarah Gavron possui dois filmes em seu currículo, ambos voltados para a dificuldade de ser mulher em frente aos costumes abomináveis das gerações. Ela realmente sabe o que fazer para conquistar o público, o que nos deixa mais animados para acompanhar suas novidades.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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