FIFA 19 apesar de ter sido um sucesso como a franquia já se estabeleceu há alguns anos, foi uma derrapada na solida jogabilidade da marca. O titulo apresentou bugs que prejudicaram até no competitivo, um dos maiores carros-chefes do sucesso da série, o que deixou muitos pro players chateados com a EA que também não vive bons momentos com a galera gamer desde de as microtransações de Battlefront 2 diga-se de lembranças.
FIFA 20 chega com uma grande evolução ao seu antecessor e corrigir vários dos erros bizarros do 19 e trazendo novidades como o modo VOLTA, um sucessor meio que espiritual do saudoso FIFA Street, sem muita firulas e revoluções aos já solido gameplay.
A nova edição logo apos a primeira partida já nos mostra uma melhora considerável ao do ano passado: não há as bicicletas loucas no meio de campo! O jogo está novamente mais cadenciado, os chutes colocados não são mais tão apelões como antes e a física não apresenta alguns bugs estranho que aconteciam. Ok, algumas divididas estão estranhas sendo que seu zagueiro dá o bote certo, mas a bola acaba sobrando pra o atacante, mas ao menos eles não ocorrem com muita frequência e podem ser ajustados em uma correção. O sistema de marcação me apresentou um um certo delay na hora de trocar o cursor pra outro jogador do time (vi outras pessoas relatando), já que ela ficou um pouco mais “manual”, mas pra mim ao menos acabou não sendo algo tão pra me chatear. No resto, jogadores mais casuais não sentirão tanta diferença assim. O velho e técnico gameplay está de volta!
No campo visual FIFA 20 mais parece um FIFA 19.1. Nada de novo no front, mas segue se destacando o uso da identidade visual de transmissões televisivas, que tornam a experiência mais próxima à que vemos quando assistimos os jogos reais. Tudo que foi visto no ano anterior está com um filtro que refina os seus gráficos na engine Frostbite.
A narração pra mim nunca foi um dos meus maiores chamariz de FIFA por não achar Tiago Liefer não ter um jeito de narrador propriamente do que deve ser um game de futebol. É quase o problema que tenho algumas vezes em PES com Mauro Beting comentando: tem horas que há uma quebra de quarta parede que me tira daquela imersão que eu queria de estar presenciando de uma transmissão de futebol. Já Caio ribeiro se mostra mais solto e acerta nos diálogos.
O carro-chefe dessa edição tem nome: modo VOLTA, que seria um retorno ao saudoso FIFA Street que a galera tanto pedia que a EA retornasse. Só que aparentemente não é assim. Apesar do estilo, as quadras de rua, isso só fica nas aparências, já que ele se torna o game principal com uma skin e regras do seu derivado das ruas. Os dribles não são tão fáceis quanto eram na geração Play 2, sendo feitos da mesma maneira do game normal,combinando o analógico direito com alguns botões. Até ai tudo bem, já que faz com que os mais dedicados explorem mais e mais dos dribles, só que por incrível que pareça,isso não se torna as coisas mais divertidas ou eficazes e sim tocar com velocidade entre seus jogadores confere algo muito fácil recomendado. Em um estilo de jogo, onde o foco seria fazer firulas pra humilhar o adversários e abrir caminho pra variadas formas de finalizações e quebra no sistema defensivo do mesmo, a maneira mais basica e segura se torna a melhor tática.
Apesar de toda essa problemática, as partidas do Volta estão longe de serem chatas. Por serem muito mais ágeis e trazerem cenários variados, elas soam muito mais leves do que o futebol tradicional.Duelos de 3×3, 4×4, 5×5, com goleiro, sem goleiro, em quadras tradicionais ou “na rua”… São muitas as opções. Cada uma mais divertida e diferenciada do que a outra Ainda assim, o novo modo de jogo soa mais como uma embalagem muito bonita para um presente que não é tão legal.
O Volta também substitui o The Journey, o “modo história” que existia nos três últimos jogos da franquia. Dessa vez não há mais Alex Hunter,o jogador pode criar seu próprio personagem nessa releitura, e independente do nome que ele escolha para aparecer na tela, os NPCs o chamarão de Revvy durante as cutscenes.
Apesar da novidade a historia do VOLTA é bem fraca se comparada ao anterior, que eu particularmente já não achava interessante sendo uma coisa ou outra atrativa pra mim.O novo enredo não empolga e funciona mais como uma introdução ao modo de jogo.
Diferente do The Journey, derrotas não influenciam tanto no seu progresso do Volta. O game se baseia em pequenos campeonatos pelo mundo; participar em cada um deles vai aumentando o prestígio e a qualidade de sua equipe.Caso seu time perca em em algum dos campeonatos, o game só irá fazer-lo recomeçar o torneio até conquistar a vitória. Depois da final, há ainda um desafio contra o time de alguma das lendas do futebol de rua.Mas é só isso.
O modo carreira continua a mesma coisa de antes somente a uma melhoria no modo Técnico, onde você pode comandar um clube por completo: elencos, orçamento e transações estão entre suas responsabilidades. Mas apesar de certas adiçõe a moral do atleta e as implementações no manager ainda não tem o mesmo fator que a Master liga tem em eFootball PES 2020, que é poder assistiras partidas no modo simulação, que só resumi-se apenas os gols, substituições, cartões e lesões. O modo Ultimate Team até tem algumas mudanças, tipo um menu diferenciado e único para todas as ações dos jogadores, além de objetivos e uma variedade de novas opções de personalização de estádios. Porém, ainda há problemas bem sérios de conectividade e uma preocupação acerca do conteúdo a ser liberado.
Ainda sim o modo continua sendo viciante e atrativo para quem já é fã de carteirinha da franquia.
FIFA 20 aposta no time que está ganhando não se mexe, mas pode trazer algumas pequenas novidades como é o caso do modo VOLTA. Os erros do anterior foram revistos e a jogabilidade resgata o que a franquia sempre foi sem precisar inovar, mas sabendo agradar e atrair sua legião de fãs.