Sempre gostei de filmes de animais assassinos como um passatempo pra curtir no fim de semana. O clássico Alligattor que passava nas tardes de filme do SBT nos anos 90, passando por Pânico no Lago, Anaconda dentre outros sempre apresentavam em suas propostas animais como maquinas assassinas que simplesmente comiam tudo que se movia sem receio. Nos últimos anos o cinema trash se utilizou dele pra fazer perolas insanas de diferentes formas, como o caso do famoso Sharknado, que ia pra uma vibe mais viajada possível rsrsrs.
O anuncio de Predadores Assassinos, novo filme do gênero que tem a direção de Alexandre Aja,me deixou bem curioso em o que pretendia ser. Um drama de catástrofe com filme animais assassinos. Confesso que apos conferi-lo, o longa surpreende por trazer uma premissa simples, mas eficiente e tensa pra grudar o espectador na cadeira.
Na trama, Haley (Kaya Scodelario) precisa salvar o que sobrou de sua família quando, retornando à casa na qual vive o seu pai(Barry Pepper), para resgata-lo em meio a chegada de um furação ao local. Tempestades se formam de maneira assustadora e anormal – aliás, estas são palavras que caminharão junto ao espectador durante todo o filme. Quando chega à sua casa, ela o encontra no porão, desacordado, ensanguentado, mas vivo. E o que parecia ser uma missão de resgate se torna um potencial suicídio, pois o furacão e a tempestade trazem na inundação animais nada amistosos.
Se o filme se inicia ao melhor estilo cinema catástrofe, com uma protagonista sequelada com o passado familiar, um fenômeno da natureza em meio a isso tudo, logo isso é unificado ao seu potencial acerto: a tensão! Quando a água começa a subir e os potenciais e agressivos vilões na figura de crocodilos ferozes começam a dar seu ar de graças, acredite, o espectador não tem mais um minuto sem sequer para de roer as unhas, grande é a imersão que o longa o imerge.Tudo isso, porque de uma premissa tão simples e absurda surgiu uma direção precisa, que entende o limite de se levar a sério, o que significa muito para uma história como esta.
O roteiro de Michael e Shawn Rasmussen compreende bem o que deseja explorar, criando uma atmosfera de constante tensão em situações que poderiam fazer rir, mas que aqui fazem o espectador pular constantemente. Além disso, a direção de Alexandre Aja abraça o terror com unhas e dentes, transitando pelas situações criadas pelo roteiro com segurança, unindo bons efeitos visuais ao desespero sempre aparente de Kaya Scodelario.
Alias tanto Scodelario quanto Pepper estão muito bem como filha e pai, e mesmo com um arco dramático bem clichê, seus comprometimentos são os alicerce pra simpatizar com os dois.
Apesar de alguns exageros, Predadores Assassinos é eficiente e sabe utilizar de sua premissa pra nos trazer uma experiência tensa e assustadora de deixar nós pregados na cadeira durante toda sua projeção.