Há 37 anos, John Rambo estreava nos cinemas e explorava o que os efeitos da guerra podia causar em pessoa, que se via rejeitado pela sociedade, rotulado como “matador de bebês”, e perseguido injustamente pelas autoridades. O sucesso foi enorme e Stallone em ascensão depois de Rocky, O Lutador via surgir mais um personagem icônico ligado a ele.
As continuações o transformaram em brucutu que resolvia todos os problemas seja na bala ou no facão, o que era o momento na época em Hollywood. O quarto mesmo, chutou o balde e entregou um Rambo ainda mais brutal, com tiro, porrada, bomba e facada rolando pra todos os lados em uma história que era direta e não tinha medo de ser o que queria propor.
Bom quase 10 anos apos o ultimo longa, Sly consegue mais uma vez se reunir com o personagem para uma ultima vez, e aqui temos Rambo: Até o Fim.
Assinado por Matthew Cirulnick, em parceria com Stallone, o roteiro mostra o veterano instalado no rancho de seus falecidos pais, em uma cidadezinha no Arizona, onde vive na companhia das duas últimas pessoas que considera parte da família: a empregada Maria (Adriana Barraza) e sua neta, Gabrielle (Yvette Monreal), uma jovem às vésperas de partir para a faculdade. O caminho deles acaba cruzando com o de uma perigosa quadrilha mexicana, o que tira Rambo de sua nova rotina e o obriga a sair em mais uma missão.
Bom, misturando Gran Torino e Logan, mas sem o mesmo brilho de ambos, o filme começa com um Rambo pacato e cheio de sabedoria, mas sem deixar de se mostrar atormentado pelo passado e sempre acompanhado de pílulas. A partir do momento que Gabrielle é sequestrada, o personagem até então recluso voltar a se transformar na maquina de matar.
Não há nenhum problema em destoa o ritmo dos atos, o problema é que a carga dramática soa superficial e nem a forte paixão de Stallone em se entregar ao personagem se mostra eficaz. Tentar fazer o filme se levar a sério demais não funciona em vários momentos, já que a partir dos atos seguintes que o Rambo parte pra sua “justiça” ele vai na vibe oitentista que as produções de ação eram na época. Um bom exemplo de comparativo é Hobbs e Shawn esse ano, que é uma produção puramente exagerada, mas que em nenhum momento quer que você a leve a sério, justamente pelos absurdos de seus protagonistas. Aqui essa tentativa é um calcanhar de aquiles no longa.
Bom, se você for fã da franquia já sabe o que esperar, e com certeza vai gostar do jeitão Rambo de lidar com os inimigos! E olha que a violência gráfica é carregada de gore! Sério, ele é um tipo de filme que justifica a classificação 18 anos por aqui!
Bom, Rambo: Até o Fim, é aquele filme que bebe na nostalgia de um ícone criado nos anos 80 e que muito marmanjo curtia bastante. Apesar de usar a emoção e a violência como visto em Logan, o filme de Sly entrega uma despedida irregular para o um personagem tão querido.