“Isso vai ser mais estranho que o normal, não dá pra evitar” Desde do inicio Control tentar preparar todos do que está por vir com sua frase inicial! Sim, de fato ele é um jogo estranho, mas no melhor sentido da palavra.
Alias sua desenvolvedora, a Remedy é apaixonada pelo o estranho e o bizarro. Desde de seu primeiro game de sucesso, Max Payne seguidos também por Alan Wake e Quantum Break, o estúdio sempre foi de colocar em suas histórias, elementos insanos e por muitas vezes questionar a realidade de seus protagonistas. Control vai ainda mais além ao abordar o SCP Foundation, organização ficcional responsável por monitorar eventos, objetos e seres que violam as leis naturais do planeta, e dezenas de outras coisas que mexem com o irreal, como lendas urbanas, acontecimentos misteriosos e até porque não a Arquivo X ,Aniquilação e o gênero Lovercraftiano do estranho, o game entrega um mundo nunca antes visto em um game.
No game acompanhamos a história de Jesse Faden, jovem que está em busca de respostas sobre um evento misterioso de seu passado e que acaba encontrando o Departamento Federal de Controle (DFC) no caminho, uma agência clandestina do governo dos Estados Unidos que é responsável por estudar e controlar objetos e fenômenos paranormais.
Minutos após entrar no escritório, misteriosamente Faden é levada ao cargo de Diretora, assumindo o controle do Departamento em um momento de crise – no qual o Ruído, um fenômeno sobrenatural que escapou do controle, tem afetado funcionários do DFC, transformando alguns em criaturas agressivas com habilidades paranormais.
Desde de o primeiro momento, Control nos mergulha no estranho. O prédio do Departamento está completamente vazio como se ninguém trabalhasse lá! Exceto por Atii, o faxineiro e única pessoa presente no local em que temos alguns diálogos bastante estranhos, Control nos mostra que há algo muito de estranho no local. Ao momento que Jesse entra na sala do diretor encontra o cadáver e finalmente adquirir a unica arma do jogo(que fala com você viu!) é definitivamente onde o game começa.
Sem dá nenhum spoiler sobre o jogo, podemos dizer que o conceito da Casa Mais Antiga é um dos conceitos de mundo mais fascinantes e bizarros já vistos nos games. A partir do momento que você adquirir a arma principal, Jesse e nós somos introduzidos ao Ruido, um fenômeno,ou entidade sobrenatural que tomou conta de todos no departamento. E isso é só uma fração do estranho que Control vai jogar em seu caminho. Seja no plano astral onde a protagonista é aceita como diretora e conhece uma outra entidade conhecida como O Conselho, tudo com uma estética estranha e alienígena por se dizer ou nos corredores e escritórios do departamento que se diferem graça a direção de arte e a iluminação impecáveis, que conseguem criar ótimos momentos mesmo que seja ambientes normais como escritórios.
Esse vai e volta dentro da Casa Mais Antiga nos faz se sentir sempre em um lugar estranho e pouco familiar a todo instante.O game utiliza um estilo semelhante ao Metroidvânia, onde você vai explorando e ao ganhar novas habilidades, vão sendo liberadas novas áreas antes inacessíveis. O mapa de localização é um tanto confuso, mas a ambientação e design é precisa em colocar-nos em imersão. SCP, Arquivo X são algumas das referencias pra Casa Mais Antiga, mas a interpretação da Remedy pra tudo isso ainda sim , é original e fascina, fazendo nós jogadores descobrir todos os detalhes que sua misteriosa trama tem assim como o local. Se em alguns jogos(principalmente em alguns da própria desenvolvedora como Quantum Break) explorar o conteúdo e mistério da história se tornam um tanto cansativa, a estranheza e mistérios de Control gera um efeito contrario, nos incentivando em uma busca detalhada pelos cenários em busca de documentos e itens que identiquem mais e mais sobre o departamento. O ambiente original ajuda e os diálogos e extras só reforça essa busca.
O combate é outro ponto a destacar,sendo esse o mais intenso frenético do estúdio. As habilidades de Jesse são de outro mundo, seja em sua arma de diretora que atende por diferente formas ou de poderes como telecinese, dash, escudo voo dentre outras coisas que a fazem quase uma X-Men. Ainda você pode utilizar combinações com seus habilidades, tipo dar um tiro carregado da arma e utilizar a telecinese para pega-la em pleno ar pode ser criar novas possibilidades pra uso em combate. A luta com os chefes pode ser o certo ponto negativo aqui, não havendo uma criatividade em ser combatido, mas ao menos seus comandos respondem bem e a destruição que os confrontos fazem é incrível.
Outro ponto que deslizar é sua progressão de desenvolvimento. Aqui assim como em outros games do gênero, tanto Faden quanto a Arma de Serviço também podem receber uma série de mods, itens que podem ser criados através da coleta de recursos ao longo do jogo, e que ampliam a possibilidade de customização com diferentes características – é possível, por exemplo, aumentar a vida de Jesse, sua energia para golpes psíquicos, a velocidade de recarga da arma e vários outros detalhes. Não é um sistema particularmente complexo, mas que garante um verniz extra de personalização à progressão bastante rasa de Control. Faltou um sistema de progressão equivalente de inimigos: com todas suas habilidades, Faden se transforma em uma personagem OP demais, e inimigos acabam se tornando fáceis demais de se enfrentar do começo do segundo ato até o final de Control.
Já os aspectos visuais do game triunfam com louvor sendo alguns momentos de detalhismo impressionantes visto os vários estilos e design de cenários que a Remedy utiliza.
Sim, apesar de alguns pequenos problemas estruturais, Control se sobresai e é um dos maiores exemplo de uma história, personagens, ambientação e exploração estão conectadas de forma que satisfaz e entretêm o jogador em ir mais e mais fundo nos mistérios da Casa Mais Antiga. Se você curte um bom game de ação, mistério e ficção a Remedy tem a receita certa aqui pra te prender por algum tempo nele!