Na última quinta (4) Stranger Things retornou com uma terceira temporada, prometida pela Netflix como um grande ato. De fato, o sucesso das edições anteriores transformaram a série em uma das produções mais valiosas do serviço de streaming, e é visível o crescimento de investimento. Com efeitos especiais e cenários bem superiores às primeiras temporadas, acompanhamos o crescimento das crianças que aprendemos a amar.
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O tempo traz mudanças, nem sempre agradáveis, e em meio às transformações da entrada na adolescência, vemos a doçura dos primeiros relacionamentos e as amarguras das primeiras decepções. Em quanto Hopper (David Harbour) aprende a lidar com o crescimento de Eleven (Millie Bobby Brown), ela descobre, com um empurrãozinho da Max (Sadie Sink), que seu namoro com Mike (Finn Wolfhard) não é a única coisa divertida para aproveitar, há muito o que fazer com sua nova melhor amiga. Já Will (Noah Schnnapp), se sente um pouco solitário, em meio aos amigos que agora só querem saber de garotas e não mais de D&D.
Em paralelo ao crescimento da turma, vemos Hawkins mudar. À primeira vista, ela também cresce e passa por transformações, principalmente com a inauguração de um shopping, que contribuí para mudanças nos hábitos de consumo e na visão de entretenimento para a população de uma cidadezinha em Indiana. Mas, junto com a decadência do comercio local, após a abertura do shopping, coisas estranhas voltam à acontecer.
Mais uma vez temos Joice (Winona Ryder) e Nancy (Natalia Dyer) instigadas pelos misteriosos acontecimentos na região. Movendo esforços para compreender os eventos e sendo ridicularizadas como mulheres obcecadas e sem razão, as duas estavam certas sobre os novos perigos que rondavam a cidade. O Devorador de Mentes volta, e com sangue nos olhos, pronto para formar um exercito de hospedeiros para tirar sua principal ameça do caminho, Eleven, e assim dominar a nossa dimensão.
Dustin (Gaten Matarazzo) e Steve (Joe Keery) voltam com mais momentos de parceria, mesmo que forçados pela situação, e junto com eles vemos Erica (Priah Ferguson), irmã mais nova de Lucas, ter mais destaque na história. Conhecemos também uma nova e carismática personagem, Robin (Maya Hawke), que embarca com os três em uma missão mais perigosa do que ela poderia imaginar.
Não vemos o grupo unido em toda a temporada, porém, mesmo divididos em acontecimentos paralelos, não perdem importância na narrativa, se complementam e reforçam a ideia de uma história que quer ganhar maior complexidade.
Como marca histórica dos anos 80, temos a guerra fria ganhando espaço na série, com a União Soviética envolvida de forma bastante caricata, clichê e vilanesca em uma nova ameaça à Hawkins, através de seus experimentos para a corrida armamentista contra os Estados Unidos.
O medo da separação do grupo parece causar mais efeito de medo do que os vilões da nova temporada, que conseguem poucas vezes criar grades climas de tensão ao logo dos episódios. As maiores emoções ficam por conta de perdas e separações de alguns personagens.
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E como de costume, a nova temporada volta a trazer referências à muitos filmes queridos da década de 80, entre eles estão O Dia dos Mortos (George A. Romero, 1985), em paralelo aos zumbis do Devorador de Mentes, e Exterminador do Futuro (James Cameron, 1984), com um dos espiões soviéticos que persegue Hopper e Joyce.
A terceira temporada de Stranger Things está disponível na plataforma da Netflix, vale a pena conferir todos os episódios e morrer de curiosidade com os possíveis rumos para os próximos anos da série.