O suspense australiano lançado em 2015 conta com Adrien Brody, vencedor do Oscar por sua atuação em “O Pianista” possui elementos do gênero terror que provocam os sentidos do espectador. Uma história bem simples de ser interpretada e um quebra-cabeça divertido para fãs do gênero.
Peter (Brody) é um psicólogo que volta pra sua terra natal em busca de paz, juntamente com sua esposa (Jenni Baird) que sofrem com a perda de sua única filha. Quando decide visitar seu pai (George Shevtsov) que também mora na região, Peter percebe que acontecimentos da sua infância estão mais presentes do que ele esperava, e os fantasmas do seu passado não irão perdoá-lo.
O longa possui uma ótima fotografia, que combinada com a atmosfera de suspense foi um grande avanço. Suas falhas estão na trama um tanto previsível e no terror um tanto forçado, que embora provoquem arrepios são próximos aos de outros filmes, como se reunissem todas as cenas consagradas do gênero e regravassem.
Chloe Bayliss é um rosto novo para o cinema, sendo a criança que todo filme de terror precisa. Robin McLeavy, embora seja veterana, está num papel curioso e envolvente, o que lamento por não ter mais cenas com sua personagem. Adrien Brody dramatizou tanto para viver um protagonista atormentado que se desgasta na visão do público. Sam Neill é outro bom ator que aqui não servirá em seu papel.
Com referências a filmes como “O Sexto Sentido”, “O Grito” e ao Rei do Pop Michael Jackson. A história aqui é mais valorizada que os efeitos especiais, que francamente são bem antiquados, mas não atrapalham tanto se a trama te mantém curioso, e essa trabalha com o psicológico para conquistar.
Michael Petroni já trabalhou em diversos roteiros de grandes filmes, o que com o tempo fará dele um diretor mais equilibrado. Aqui é mais um passo para que ele conquiste direções de filmes de maior porte, já que esse não é mais do que mediano, e por mais que tenha uma história montada de forma interessante, do que adianta sem qualidade visual?