Robin Hood: A Origem | Nova versão se inspira nas adaptações de quadrinhos para apresentar o personagem clássico

Danilo de Oliveira
4 Min de Leitura

Robin Hood, o herói mítico inglês, um fora da lei que roubava dos ricos para dar aos pobres já foi  transposto de varias formas para o cinema.Pegando embalo na moda das adaptações de quadrinhos,Robin Hood: A Origem traz o lendário personagem para mais uma versão em 2018.

O roteiro da dupla Ben Chandler e David James Kelly,mostra Robin de Loxley (Taron Egerton)  um nobre de Nottingham que volta para casa após lutar nas Cruzadas e se depara com uma cidade completamente diferente de como ele deixou, marcada por um governo autoritário onde a corrupção se instala.

Com isso, vemos um roteiro trazendo um forte contexto político com conspirações e traições governamentais e fazendo do Robin Hood de Egerton uma versão medieval de Bruce Wayne e Batman,bem ao estilo Batman Begins, trazendo até dialogos inspirados na aventura do cavaleiros das trevas.

Apesar do roteiro ter todo esse conteúdo, não espere nada denso,tudo é feito de forma para o bem do entretenimento do publico apenas se divertir e vibrar com Hood fazendo seus roubos e mostrando seu rostinho bonito e piadas de efeito nas luxuosas festas. Alias o diretor consegue criar boas cenas de ação, bem no estilo Guy Ritchie dos filmes do Sherlock Holmes e o ultimo Rei Arthur.

E se tem mais uma coisa que Robin Hood – A Origem acerta é na parceria e na química de Egerton com Jamie Foxx. Foxx faz uma versão vingativa, sangue nos olhos e bastante carismática para Pequeno John e quando em cena, o ator contribui para elevar o longa, principalmente quando ele sofre com algumas barrigadas. Já o ator Tim Minchin, como o Frei Tuck, acaba por ser o alivio cômico, tem boas tiradas e acaba por ser um personagem bem utilizado na trama. Taron Egerton, que caminha para ser um dos novos queridinhos de Hollywood, convence bem como o personagem titulo, tanto na parte física quando nos momentos um pouco mais dramáticos, onde o ator é capaz de abraçar o personagem de uma forma interessante.

Num filme marcado por poucas mulheres, a atriz Eve Hewson, faz uma versão destemida e independente de Lady Marian, o que acaba por ser nada mais justo para um papel de destaque feminino, principalmente nos dias de hoje. Jamie Dorman, como Will, passa mais da metade do longa como um figurante de luxo, mas lá para final, o roteiro consegue arranjar algo para ele ter certo destaque. Ben Mendelsohn parece se que afirma cada vez mais com vilões em Hollywood,e faz do seu Xerife uma versão que esbraveja maldade a cada fala que diz.

Robin Hood: A Origem não é mais densa e realista historia do personagem, e nem é o seu objetivo. O filme mira no puro entretenimento para agarrar aquele publico casual que se amarra nas aventuras heroicas que tanto inunda os cinemas atualmente. Não espere nada épico e esse talvez seja seu passatempo divertido em um final de semana monótono.

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