Operação Overlord é visceral, violento e surpreende em muitos momentos

Danilo de Oliveira
5 Min de Leitura

Sendo apresentado como parte do projeto Cloverfield, Operação Overlord foi rapidamente foi retirado desse fardo e se tornou algo próprio. Produzido por J.J. Abrams e dirigido por Julius Avery, o filme mistura eventos históricos da 2ª guerra mundial com uma boa dose de visceralidade e gore dos filmes zumbis pra criar um bom programa pra os chegados nessa temática.

A trama se passa durante a Segunda Guerra Mundial, faltando poucas horas para o Dia D – um momento que realmente existiu e marcou o início da queda dos nazistas. Uma equipe de paraquedistas norte-americanos invade a França para realizar uma missão que é crucial para derrubar Hitler. Com a tarefa de destruir um transmissor de rádio sobre uma igreja fortificada, os soldados desesperados juntam forças com uma jovem francesa para penetrar nas muralhas e derrubar a torre. Mas, em um misterioso laboratório nazista sob a igreja, eles se encontram frente a frente com inimigos diferentes de qualquer outro que o mundo já tenha visto.

A sequência de abertura é sensacional! Começa com um forte senso de claustrofobia, seguido pela imprevisibilidade do caos. Os efeitos visuais são convincentes, uma condução de câmera, ótima mixagem de som que fortalece a atmosfera e te agarra visualmente e você sente a hostilidade daquele ambiente.

O primeiro ato é um filme de guerra, ele não traz nada de novo do que foi apresentado no genero, mas é bem executado, é tenso, é sério, tão sério que algumas piadas de um personagem ficam um pouco deslocadas aqui por elas entrarem na maioria das vezes logo apos uma cena um tanto dramática e isso nem sempre encaixa.

A partir do segundo ato as coisas começam a mudar e você percebe que estar assistindo a 3 tipos de filme: O primeiro é um filme de guerra,o segundo entra numa mistura torture porn, com Re-animator e filmes de zumbis, e no terceiro ele vira uma adaptação de video-game no melhor estilo Resident Evil e Doom. A transição entre elas não é muito fluida, mas cada uma te prende do seu jeito. O segundo ato é com certeza o mais impactante e perturbador com varias cenas profundamente inquietantes com cenas de desfiguração, muita violência, muito gore, o que pode causar reações bem opostas na plateia, então se você não tem estomago pra certas coisas não é o seu tipo de filme rsrsrs.

Há um leve flerte com o conflito moral sobre se justificável usar os mesmos métodos do seu inimigo pra se chegar a vitória e  meio que desenha a personalidade dos dois protagonistas. De um lado está o ótimo Jovan Adepo (bastante semelhante ao John Boyega) que é integro, que acredita fazer a coisa certa, e do outro lado está o bom Wyatt Russell que acredita fazer o que for necessário pra cumprir a missão. O roteiro não chega a explorar com profundidade que poderia, mas é o suficiente pra dá personalidade aos personagens.Também temos que destacar a Mathilde Ollivier que transmite e conduz de forma eficiente a energia protetora que motiva a personagem.

No terceiro ato o filme parte para o exagero, focando no gore e na brutalidade e em um conflito mais fechado, sendo que está acontecendo mais coisas ao redor, além de cair em uns clichês de gênero com direito a boss fighter(Sério, se Resident Evil fosse mais isso nas continuações seria muito melhor hehehehe!) que o tornam mais previsível, mas a esse ponto, se você estiver imerso com o longa, isso que eu disse, passará batido, devido a energia que ele te transporta.

Operação Overlord atira para todos os lados,sendo um filme de guerra, horror, drama, suspense que quando acerta, surpreende sendo incrivelmente visceral e violento.

 

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