Crítica – Um Homem Entre Gigantes

João Fagundes
3 Min de Leitura

Baseado em fatos reais descritos no romance “Concussion” (antes artigo “Game Brain”) da autora Jeanne Marie Laskas, dirigido por Peter Landesman (mesmo do filme JFK – A História Não Contada) e estrelado por Will Smith que faz o polêmico papel do Dr. Bennet Omalu, neuropatologista responsável por descobertas que desafiam grandes corporações.

Seguindo com cenas de um passado brilhante do jogador de futebol americano Mike Webster (David Morse) temos a percepção de que são arquivos reais cedidos para o longa, o que não é verídico. Por fim o Dr. Bennet tem muito para ensinar sobre sua profissão, algo que se torna até cômico quando resumidamente ele estuda a “ciência da morte”. Obviamente não é tão sociável dentro e fora do ambiente de trabalho, até conhecer a bela Prema (Gugu Mbatha-Raw) que dará um diferencial a sua rotina maníaca.

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Will e Gugu interpretam o casal do tipo “só sobrou nós dois”, não sendo o romance um dos trunfos da obra. Os conflitos entre o Dr. Cyril Wecht (Albert Brooks) e o Dr. Bennet são constantes, algo que a princípio foi interessante, mas a longo prazo se tornou uma briga de escola: Totalmente dispensável. David Morse parece interpretar dois papéis de tão bem executado. Alec Baldwin que parecia ter mais importância na verdade era discreto em sua atuação. Poderiam ter explorado mais os atores Luke Wilson e Sara Lindsey.

Com uma fotografia mediana e uma trilha sonora que acrescenta o drama, o filme tem um início curioso, um núcleo maçante e um final compreensível que dará alívio ao espectador, já que ao chegar ao limite de duas horas de duração será óbvio o desejo de uma conclusão. Muitos diálogos que não parecem levar a nada, mas levam a um destino óbvio. Não sei o que é pior: Não levar a nada ou levar ao destino mais fácil.

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Peter Landesman é perito em fazer filmes polêmicos por conter muito da realidade, ainda que essa realidade seja modificada em sua visão. Dos poucos em que ele foi diretor vimos um documentário disfarçado com um pouco de ação sem algumas questões respondidas. Não fazendo disso um costume; ótimo. Se continuar assim, melhor ligar todos os pontos em menos tempo.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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