Crítica – Deuses do Egito

João Fagundes
3 Min de Leitura

Do diretor responsável por “Eu, Robô”, Alex Proyas é o escolhido para apresentar um filme de ação que nos remete a outra época, algo que vemos todo ano e esse já começa com o peso de Deuses egípcios e criaturas monstruosas, e muitos embates de proporções épicas que decidirão quem reinará perante os mortais. Os brasileiros receberão o filme um dia antes que outros países, iniciativa que tem sido bem aproveitada.

O maligno deus Set (Gerard Butler) usurpou o trono do Egito de seu sobrinho Hórus (Nikolaj Coster-Waldau), trazendo destruição e pobreza a um império que até então era rico e prospero. Tempos depois, Bek (Brenton Thwaites) um mortal cuja amada foi levada para longe por Set, necessitando encontrar uma maneira de trazer a bela Zaya (Courtney Eaton) de volta e mudar a realidade de todos que agora são escravizados.

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Não é uma história muito original, uma vez que temos um jovem sem perspectiva de futuro fazendo a diferença num meio do qual ele não pertence, além de o casal interpretado por Courtney e Brenton ser um extremo perfil de conto de fadas. Quando os Deuses se desentendem por questões de “eu mereço ser o rei, não ele” vemos outra situação previsível demais para interessar o público.

Os atores Gerard Butler (“300”) e Nikolaj Coster-Waldau (“Game Of Thrones”) fizeram bons trabalhos aqui. Geoffrey Rush (“Piratas do Caribe”) interpretou Ra, o deus do Sol; um papel do tamanho de sua importância, mas não foi agradável em suas aparições. Elodie Yung é Hathor, a sedutora dama que todo filme precisa ter, um papel básico que teve ânimo graças a atriz. Brenton teve um desempenho aceitável, mas em sua curta carreira ele já fez coisa melhor, e com certeza fará outros.

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O que chama atenção desde o surgimento do título “Deuses do Egito” é o uso de efeitos precários, e quando fazem algo legal somos bombardeados por precedentes e sucedentes vergonhosos para uma produção de tal porte. Não estamos falando de baixo orçamento, então não justifica efeitos (não tão) especiais assim. A trilha sonora foi bem integrada a obra.

Com polêmicas em torno do filme ter maioria de atores brancos, o diretor Alex Proyas precisou se desculpar por essa falta de diversidade, o que não seria o motivo do filme ser cansativo. Mais parecia um episódio de Power Rangers: Deuses do Egito, o que pode ser bom para um programa de TV, mas não para um filme de mais de duas horas.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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