Crítica – Como Ser Solteira

João Fagundes
2 Min de Leitura

Fazer comédia romântica com atores populares é um costume rentável e por mais que seja comercial, sempre nos trás algumas surpresas. Sim, com esse título ironicamente elaborado “Como Ser Solteira” é uma exímia comédia sobre casais e solteiros. Embora seja mais do mesmo é bem divertido e o espectador consegue extrair alguma lição (ou alguma piada).

O filme gira em torno de 4 mulheres, onde cada uma tem seus problemas. Alice (Dakota Johnson) dando um tempo no seu namoro de 4 anos, sua irmã Meg (Leslie Mann) desejando ter um bebê, sua amiga Robin (Rebel Wilson) vivendo loucamente e por fim Lucy (Alison Brie) em busca do “único homem ideal”. O que parece ser um manual feminino na verdade é uma versão imatura das protagonistas de “Sex And The City“.

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Como era de se esperar, umas tiveram mais destaque que as outras. Era possível perceber que Alison Brie, apesar de hilária foi jogada como personagem secundária enquanto as demais tiveram mais espaço, logo em seguida eis uma surpresa: Rebel Wilson interpretou bem sem a pressão de uma protagonista, o que ela não pareceu ser. As irmãs interpretadas por Johnson e Mann fizeram muito proveito desse roteiro, melhorando a cada ato. Se observarmos com atenção, só suas personagens amadurecem no decorrer da história.

Os personagens masculinos são realmente objetos que se limitam a um único sentimento durante todo o longa, sendo Damon Wayans Jr. o único com uma história pra contar. A maior parte do filme é elétrica, tendo músicas que vão de AC/DC à Taylor Swift, assim como outras do pop como Charli XCX, Fifth Harmony e até um cover de “Peacock” da Katy Perry.

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O diretor Christian Ditter melhorou depois do filme “Simplesmente Acontece”, fazendo algo mais dinâmico, repleto de referências e menos padrão, porém, precisa seguir mais a proposta inicial das suas obras, se arriscar e não se prender ao elenco bonitinho que vende e ofusca a história

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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