Desde de que Spielberg nos apresentou Tubarão em 1975, o cinema e o publico sempre se viu fascinado e aterrorizado por esses predadores aquáticos. Embora haja uma centena de produções(na sua maioria produções B bem bizarras) , é bom ressaltar que algumas trouxeram bons resultados como Águas Rasas, o interessante Do Fundo do Mar e o fenômeno trash Sharknado.
A bola da vez quem traz é a Warner com o divertido e despretensioso Megatubarão, que traz o astro de ação Jason Statham enfrentando o inimigo digno dos seus feitos nas franquias Mercenários e Carga Explosiva: Um tubarão pré-histórico!
Na trama um bilionário excêntrico interpretado por Rainn Wilson (o Dwight de “The Office”) constrói um laboratório submarino de pesquisas para desvendar os mistérios do fundo do mar. A equipe envolvida descobre que a fossa mais profunda do Oceano Pacífico é mais profunda ainda e esconde um ecossistema secreto. Um ecossistema que preservou os Megalodontes, tubarões pré-históricos gigantescos que comiam baleias como se fossem batata-frita.
Após descobrirem um novo bioma totalmente intocado pelo tempo, os exploradores encontram um segredo amedrontar do qual nunca deveria ter sido descoberto: um megalodonte vivo que os ataca imediatamente. Com os cientistas presos a mais de 10km de profundidade, os chefes da expedição clamam para que recrutem Jonas Taylor(Jason Statham)um especialista em resgastes em grandes profundidades que no passado presenciou a mesma criatura para salvá-los. Não bastasse esse enorme problema, os cientistas terão que caçar um dos megalodontes que conseguiu atingir à superfície colocando em risco diversos banhistas.
Com uma premissa bem simples e direta os roteiristas e o diretor Jon Turteltaub conseguem entregar uma boa experiência apesar de repleta de clichês clássicos de narrativa e também de encenação. Ou seja, em muitos momentos, o suspense que o diretor pretende criar assim como as reviravoltas da história são absolutamente previsíveis. Não é preciso ser um perito em filmes para sacar as viradas da história, tudo é muito telegrafado.Mas isso não tira nenhum mérito do longa que busca ser sempre descompromissado, com uma narrativa que, apesar de não surpreender, é bastante funcional,e também é digno de elogios no trabalho com os personagens.
O elenco é bastante diversificado e carismático em maioria que as produções do gênero costumam usar. Temos o herói destemido (Statham), o ricaço ambicioso (Rainn Wilson), a mocinha honrada (Li Bangbang), o alívio cômico (Page Kennedy), o melhor amigo (Cliff Curtis), o desafeto (Robert Taylor), a técnica em informática estilosa (Ruby Rose) e a criança (Sophia Cai) – que a menos não se encontra em perigo.
A direção sabe exatamente o tipo de material que ela tem em mãos, e aproveita cada cena para criar algo criativo, empolgante e que não entende o significado da palavra “absurdo” . Ainda por ser especialista em blockbusters de aventura, o cineasta consegue manter um ritmo agradável durante todo o filme que não chega a cansar.
A cada nova situação apresentada, a abordagem da direção muda tocando atmosferas de horror, aventura, ação e até mesmo comédia. Durante o terceiro ato, o mais criativo envolvendo o uso do tubarão gigante,o filme faz bom uso dessa abordagem até para maquiar sua classificação baixa,e mostrar o animal atacar uma praia repleta de banhistas.
Megatubarão é um boa adição pra quem curte filmes de monstros, sendo um blockbuster que diverte com uma história satisfatoriamente coerente repleta de personagens carismáticos inseridos em sequências que trazem novidades positivas para o subgênero.