A comédia nacional nos últimos anos embora tem alcançado ótimos números de publico,poucos são inovadores e tem realmente timing cômico que funciona e faz graça.
Tatá Werneck, uma das humoristas mais influentes na televisão nacional se reuni com o ator Cauã Reymond para fazer Uma Quase Dupla, comédia que faz parodia aos filmes de parceiros policiais americanos vide Maquina Mortífera e outros.
Sob direção de Marcus Baldini (Bruna Surfistinha), Tatá e Cauã encarnam tiras com abordagens distintas. Vinda do Rio de Janeiro para ajudar a polícia de Joinlândia a pegar o assassino em série, Keyla é marrenta, desbocada e agressiva. “Todo mundo é culpado até que se prove o contrário”, diz.
Já o inexperiente Claudio tem personalidade oposta. Mostra-se tão gente boa que para no meio de uma perseguição para cumprimentar uma senhora e chamá-la para comer bolo em sua casa. Essa dinâmica rende bons momentos da dupla de atores. Tatá, sempre frenética, opõe de maneira hilária a performance de Cauã.
Uma pena que o roteiro, coescrito por Tatá com Leandro Muniz e Ana Reber, nem sempre consiga manter o nível das piadas. As atuações são deveras engraçadas. O texto, em vários momentos soa forçado e fora de contexto.
No elenco de apoio,Dado (Daniel Furlan), playboy passivo-agressivo e um dos primeiros suspeitos dos crimes, atrai as atenções da polícia ao sair do sério em um bar. Caito Mainier, parceiro de Furlan no Choque de Cultura, faz uma ponta como garçom. Pedroca Monteiro, no papel do marido da primeira vítima, é quem mais brilha, protagonizando um hilário monólogo.
Mesclando o humor físico e o sarcasmo Uma Quase Dupla se constroem em torno da sintonia entre Tatá e Cauã,mas perde oportunidades de ampliar as piadas e sofre para sustentar uma trama investigativa e vibração cômica, sobretudo na bastante irregular segunda metade.