Crítica – Ricki and The Flash: De Volta pra Casa

João Fagundes
3 Min de Leitura

Não é novidade filmes narrando a carreira de cantores já falecidos ou de bandas que encerraram seus projetos. O que faz de Ricki and The Flash diferente? Ele é original! Nos faz acreditar que realmente existe uma banda, que existe algo real por trás das câmeras. Como conseguiram esse feito?

Ser uma rockstar envolve sacrifícios, e com a Ricki (Meryl Streep) não é diferente. Após se separar do marido Pete (Kevin Kline) e deixá-lo com os 3 filhos, Ricki (cujo nome verdadeiro é Linda) segue o sonho de ser famosa. Anos depois surge a necessidade de Ricki estar presente, pois sua filha Julie (Mamie Gummer) está superando seu divórcio.

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Ainda que repleto de músicas, o filme dá muito espaço para o drama familiar, pois há uma família completamente desestruturada. A aproximação fará os personagens serem mais carismáticos, pois a princípio apenas Streep e seus amigos de banda conseguem esse feito, incluindo o ator Rick Springfield que é mais que um guitarrista.

A trilha sonora não é inteiramente original, pois abre-se espaço para covers de clássicos do rock como “American Girl”, “Drift Away” e as recentes “Bad Romance” e “Let’s Get The Party Started”. Por fim, inclui a inédita “Cold One” que é magnífica, ainda mais com Streep que sempre se envolve com a música e faz grandes espetáculos.

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Meryl Streep está de corpo e alma no papel de Ricki, interpretando uma mãe pouco exemplar, mas que se pode ter orgulho ainda sim. Mammie esteve de forma singela, mas por ter a mãe dentro e fora de cena não houve dificuldades de emocionar. Kevin Kline fez um papel interessante, diferente do que parecia ser óbvio para sua postura. Audra McDonald, que parecia ser um personagem detestável, nos faz pensar novamente sobre esse preconceito.

Jonathan Demme fez desse um filme inspirador sobre sonhos e feridas que precisam de uma providência específica para que se cicatrize. É animador ver o diretor retornando aos bons filmes que fazia desde “Silêncio dos Inocentes”. Esse filme é como música: Ou você ama e aumenta o volume, ou odeia e torce para que isso acabe.

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Mais um Otaku soteropolitano que faz cosplay no verão. Gamer nostálgico que respira música e que se sente parte do elenco das suas séries favoritas. Aprecia tanto a 7ª arte que faz questão de assistir um filme ruim até o fim. É um desenhista esforçado e um escritor frustrado por ser um leitor tão desnaturado. É graduando no curso de Direito e formado no de Computação Gráfica. “That’s all folks!"
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