Não vamos entrar no mérito, mas sim, o Bruno Mars não merecia metade dos grammys que ganhou neste último domingo (28). Além do “24K Magic”, último álbum de Bruno, ser facilmente o mais fraco da carreira do cantor, o trabalho não transpira exatamente a identidade que o artista apresentou em “Doo wops and Hooligans” e fincou em “Unorthodox Jukebox”. A falta de identidade, porém, não é o maior dos problemas que o pop masculino, a qual Bruno Mars é chamado de príncipe por herdar o legado de Michael Jackson, passa.
Não é de hoje que a música em pop que incluí a figura da diva e da música chiclete para tocar na rádio está em decadência. Se por uma lado divas como Lady Gaga, Rihanna e Katy Perry preferiram ir para o jazz, o alternativo ou para o ostracismo, a categoria masculina do gênero, que nunca foi lá tão forte, não sabe para onde ir.
Enquanto Bruno Mars apostou na moda do disco que também levou o The Weeknd a um erro parecido em “Starboy”, Justin Timberlake, presidente do pop, parece não saber exatamente o que está fazendo. Se preparado para lançar o disco “Man of the Woods”, o cantor balbuciou ao anunciar um novo trabalho mais intimista, mas guiado por um carro chefe chamado “Filthy”: Uma música que aparentemente parece progressista, mas que no final das contas se trata apenas de uma nova versão mal feita de “Sexy Back”.
No auge da crise do pop masculino, uma das apostas da última década para acender depois do hit “Cooler Than Me”, Mike Posner também está com um lançamento no horizonte. Depois de cantar sobre não fazer sucesso em “I Took a Pill in Ibiza”, o americano lançou -pasmem- um álbum de poesias intitulado “i was born in detroit on a very very very very very very very cold day”. E sim, eu gostaria de estar brincado sobre este nome.
Faixa Bônus: Volta, One Direction.
https://www.youtube.com/watch?v=-pSUbrq84
Menção Honrosa: Volta, Mike Posner