A filha pródiga do universo de “Invocação do Mal” está de volta aos cinemas. Bem, pra nós é um retorno, mas o filme serve como apresentação e se propõe a alcançar a raiz de todo o mal. Dirigido por David F. Sandberg (“Quando as Luzes se Apagam“) e com James Wan (Diretor de “Invocação do Mal 1 e 2“) na produção. Prepare-se para entender mais sobre a boneca demoníaca Annabelle, ela estava esperando pra brincar com você. Será esse mais um terror de sucesso da Warner Bros.? Sua estréia nacional será dia 17 de agosto de 2017.
Em uma fazenda localizada em uma região remota, encontramos a família Mullins: pai, mãe e filha. O sr. Mullins (Anthony LaPaglia) é um popular fabricante de bonecas artesanais numa cidade próxima a residência do casal. Apesar de viverem uma vida tranquila, tudo muda quando a filha, apelidada carinhosamente de “Abelhinha” (Samara Lee), é vítima de um acidente. Doze anos depois, o casal decide ajudar um orfanato local que foi fechado, abrigando 6 meninas sob a supervisão da Irmã Charlotte (Stephanie Sigman), freira que também ficará na casa.
Ainda que seja uma ótima reunião de clichês, não termina por ai. Entre nossas jovens protagonistas, está Talitha Bateman (“A 5ª Onda“) interpretando Janice, a órfã com paralisia infantil (poliomielite) que deseja ser adotada junto com sua amiga Linda, interpretada por Lulu Wilson (“Ouija: Origem do Mal” e “Livrai-nos do Mal“). A limitação da personagem é tão usada que nos sentimos na mesma situação. Juntas, elas descobrem os segredos da casa, afinal, dizer para uma criança para não procurar confusão é o mesmo que incentivar. As demais jovens ficam em segundo plano, servindo apenas para apresentar mais situações sobrenaturais.
A obra demora um pouco para pegar o ritmo de um terror, mas apresenta bem a atmosfera de suspense. Uma situação ‘tragicômica’ ocorre em alguns momentos que focam na boneca Annabelle e ela nos faz rir, mas nada que comprometa o roteiro, que por si só já é um tanto truncado. Os sustos estão presentes e na maior parte do tempo são forçados, mas servirão de alimento para prender seus olhos na tela a maior parte do tempo… e ATENÇÃO! Se piscar pode perder ótimas referências dos filmes de “Invocação do Mal” e o próprio “Annabelle” de 2014, que cronologicamente ocorre depois desse. A pergunta que fica é: O que aprendemos com os Warren?
A parte mais interessante ficou com o casal Mullins, pois cada cena guarda as informações necessárias para entendermos mais sobre o que se passou após a morte da filha, pois um intervalo de 12 anos é muito longo para deixar passar assim. Os efeitos especiais são um ponto positivo, sendo até menos frequente que no primeiro longa-metragem. Como todo filme ou curta do Sandberg, temos que encontrar sua musa inspiradora (vulgo esposa) Lotta Losten fazendo uma participação. E quem diria, a verdadeira Annabelle estará presente.
A genialidade do diretor fez com que esse filme fosse útil para a franquia e seus derivados, além de melhorar a impressão que temos de Annabelle como ameaça. Aguardem até aparecer a última cena, ela está antes dos créditos finais, mas ainda sim é possível perdê-la. A sensação que fica no final é boa, passando uma credibilidade para sequências com a mesma direção… quem sabe uma trilogia Annabelle? Nós sabemos que ela adora brincar.