7 filmes para refletir sobre a questão racial no mundo

Danilo de Oliveira
5 Min de Leitura
Fox Filmes/Reprodução

Nos tempos mais felizes e também nos mais sombrios, arte e obras de ficção tendem a ser pontos fixos aos quais podemos recorrer em busca de alguma certeza. O cinema com certeza é uma ótima ferramenta para refletir sobre o momento que estamos vendo.

Pensando nisso decidimos trazer algumas produções que ajudam a entender o momento e criar uma reflexão e empatia com algo tão sério e tão importante que a luta contra o preconceito.

Infiltrado na Klan

Spike Lee conta a história de Ron Stallworth (John David Washington), um policial negro do Colorado que conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan e expôr a organização, provando seu valor e sua disposição a fazer mudança. Um filme que tem forte peso atual e um soco no estomago de realidade.

Corra!

O incrível terror de Jordan Peele dispensa apresentações,já que seu lançamento criou um verdadeiro fenômeno de publico e crítica.O filme acompanha Chris (Daniel Kaluuya) em um final de semana conhecendo os pais da sua namorada, Rose (Allison Williams). Chegando lá, as coisas não são tão tranquilas quanto Chris imaginava…

Faça a Coisa Certa

Spike Lee novamente aqui! Em Faça a Coisa Certa, seu filme mais celebrado, o diretor representa a questão racial sob diferentes perspectivas, todas reunidas no bairro do Brooklyn, em Nova York, num ensolarado dia de verão. Como acontece muitas vezes na vida real, as situações começam com tirações de sarro e bravatas, até escalarem para um desfecho violento que expõe as muitas feridas abertas da sociedade norte-americana quando o assunto é integrar e respeitar todos os cidadãos da mesma forma.

Malcom X

Um dos grandes filmes do diretor Spike Lee (mais uma vez aqui), Malcolm X é estrelado por Denzel Washington e conta a história do ativista Malcolm Little, que fez história como líder afro-americano. Ao longo de 3h de duração, a produção passa por todos os pontos importantes da vida de Malcolm, desde a infância até a mudança de nome com inclusão do X, após sua conversão ao Islamismo. Seu altos e baixos são interpretados com louvor por Washington, que recebeu o Urso de Prata em Berlim e foi indicado ao Oscar.

 Fruitvale Station – A Ultima Parada

This publicity photo released by The Weinstein Company shows Michael B. Jordan, left, and Kevin Durand, right, in a scene from the film, “Fruitvale Station.” (AP Photo/The Weinstein Company, Ron Koeberer)

Um dos tristes casos de violência policial gratuita nos Estados Unidos se transformou em um intenso filme chamado Fruitvale Station, que rendeu muitos elogios da crítica. Do diretor Ryan Coogler e protagonizado por Michael B. Jordan, o drama narra os eventos do último dia da vida de Oscar Grant, de 22 anos, e destaca o alto nível de injustiça contido nos atos de policiais americanos com jovens negros. Grant foi morto a tiros na estação que dá título ao filme. O filme possui ótimas atuações (em especial, de B. Jordan) e conquista sua atenção através da forma mais simples: com a preferência de Coogler em mostrar as particularidades de uma vida normal que pode ser interrompida drasticamente apenas pela cor de sua pele.

O Ódio que Você Semeia

Baseado no livro homônimo de Angie Thomas, O Ódio que Você Semeia acompanha Starr Carter (Amandla Stenberg), uma jovem de 16 anos que presencia o assassinato do melhor amigo por um policial branco. Forçada a testemunhar, Starr passa por diversas provações e desafios que a forçam a tomar coragem para se posicionar contra o racismo institucionalizado, enquanto é pressionada pela comunidade e pela família para encontrar a sua própria voz.

Ponto Cego

Este filme passou batido nos cinemas brasileiros mas merecia muito mais aclamação.Escrito, produzido e protagonizado pela dupla Rafael Casal e Daveed Diggs, o filme acompanha Collin (Diggs), que deseja aproveitar os últimos três dias de liberdade condicional ao lado do amigo, Miles (Casal). Mas quando o rapaz vira testemunha de um tiroteio policial, a amizade é colocada a prova e ele precisa enfrentar a realidade do próprio bairro.A trama também aborda a gentrificação na América do Norte e a amizade entre um homem negro que sofre com intolerância e um homem branco que age como se fosse negro. Lançado em 2018, o filme traz diversas discussões pertinentes para os dias de hoje e possui uma linguagem visual e narrativa muito poderosa e original.

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