Sério gente, eu achava que nada superaria 50 Tons de Liberdade no quesito filme ruim, mas essa produção não só me trouxe raiva por ser ruim em vários sentidos cinematográfico, como é algo desrespeitoso com a imagem para nós mulheres por querer simpatizar com algo desprezível em sua totalidade.
Desculpe começar essa crítica dessa maneira, pra quem me acompanha sabe que eu sempre gosto de fazer uma introdução pra entrar na analise mas aqui eu não consigo tecer algo pra relacionar com tal produção polonesa que chegou ao catalogo da Netflix se usando do termo “50 Tons de Cinza da Netflix”. O merchan pode até atrair o publico, mas não esconde o quanto que ela é facilmente um dos piores filmes do ano, se não da década. Sério, os 3 filmes da franquia adaptada dos livros de E L James ganham o Oscar perto dessa adaptação do livro de Blanka Lipinska.
A trama mostra Laura (Anna Maria Sieklucka) uma mulher cujo namorado, Martin (Mateusz Lasowski) não lhe dá muita atenção. Em uma viagem com amigos, Laura é sequestrada por Massimo (Michele Morrone), que alega ter visto/sonhado com Laura cinco anos antes, quando estava à beira da morte, e que, portanto, acredita que ela é o amor da sua vida e os dois precisam ficar juntos. Para convencê-la disso, Massimo não só sequestra Laura, mas também a mantém em cativeiro em sua mansão, privando-a de todo tipo de autonomia, e lhe dá um ultimato: Laura tem 365 dias para aprender a amá-lo, e ele está confiante de que conseguirá convencê-la disso.
Sim, é essa a trama do filme que parece uma releitura escrota e sexual de A Bela e a Fera com alguns similaridade com 50 Tons, só que aqui há uma imposição ultra hardcore do sequestrador em querer que ela se apaixone e abusando do sexo para conseguir tais em meios em uma mulher que ao contrario de Annabelle é uma mulher independente e cheia de si.
Bom, deixe eu entrar nos detalhes técnicos, um pouco: O roteiro de Barbara Bialowas e Tomasz Mandes não existe em nenhum momento logica e nada faz sentido para seu andamento. Em que universo, uma pessoa aceitaria de boa as condições de seu sequestrador, que só fez isso para te querer, porque ele se diz ser sua alma gêmea (diz ele)? Aloooooô isso é relacionamento abusivo, meninas!!!! Mas voltando… a falta de logica no roteiro se sustenta para sua edição ,que parece uma colagem e feitas por alguém com apenas conhecimento em Movie Maker tamanho a montagem de cenas que parecem ser coladas uma na outra. As transições parecem ser aleatórias, não existe sequer atenção as continuidades nas cenas, uma verdadeira bagunça estética que acha que usar neon e tons vermelhos e azulados para dar clima e sensualidade ao longa surtem efeito.
As atuações beiram o ridículo de tão caricatas que são! As novelas mexicanas fazem coisa melhor, já vou logo avisando! A Anna Maria Sieklucka tenta e tenta mas não consegue fazer uma protagonista enigmática, e o Michele Morrone só tem beleza, porque talento para atuar…sem comentários! São caras e bocas para fazer um cara malvadão e os diálogos que parecem retirados de textos do facebook só pioram as coisas.
Mas Emile e as cenas de sexo? Se você tinha vontade que eu ia falar bem disso, sinto lhe dizer que apesar de ser mais explicitas que 50 Tons, mas vou te falar? Se só as cenas de sexo são boas, porque não ser logo um pornô ou algo erótico como as coisas do Cine Privê da Band? (sim, mulher também assiste isso e Xvideo também viu! rsrsrs). Não são aparentemente nada demais ao que já vimos no cinema, mas talvez seja a única coisa que em comparativo se torna mais “explicito” em relação a outra obra.
Pra finalizar 365 Dias é uma das PIORES coisas que pude ver esse ano! Com uma temática desprezível que desqualifica a imagem da mulher, e glorifica o abuso em um roteiro sem pé nem cabeça e atuações horrorosas. A produção não desce em nenhum momento, nem por suas cenas de sexo, sendo uma das piores produções já feito de todos os tempos!