Hoje faltam 3 dias para uma das datas mais esperadas de 2020 (não, estamos falando do Ano Novo, nem do Carnaval, nem da Festa de Yemanjá). Nós do Cinesia já falamos um pouco sobre Frozen 2, que estreia em 2 de Janeiro, próxima quinta, então viemos aqui reforçar o convite para esse (lindo) filme, com 3 motivos, para assistir.
CONTÉM SPOILERS
Amadurecimentos
Do primeiro filme para o segundo fica muito claro o amadurecimento dos personagens sozinhos e enquanto uma família. Os moradores de Arendelle estão habituados aos poderes de Elsa, Kristoff está se preparando para pedir Anna em casamento e Olaf se tornou um filósofo. Só esses aspectos mostram a preocupação de dar uma vida própria para cada personagem que não esteja pendurada no primeiro filme, mas além dos personagens outras coisas amadureceram do primeiro para o segundo filme.
Para mim a parte musical se tornou mais consistente, não dependendo de um “chiclete” e com o estilo de cada personagem mais bem definido. Uma das minhas partes favoritas foi “Lost in the woods”, que além de soar como uma balada dos anos 80, também traz referência a clipes dessa época como “Bohemian Rhapsody”, música ainda fresca na memória devido filme do mesmo nome. Além disso deu para usar mais as habilidades de Jonathan Groff, voz do Kristoff, que é um ator da Brodway experiente que já participou de produções como Hamilton (acho que isso já diz muito).
As músicas
Na verdade acho que dá para colocar um tópico apenas para as músicas. Como já disse, as desse segundo filme estão muito mais consistentes de referências, de retomadas de músicas anteriores no próprio filme e no primeiro, das letras e tudo.
Em Frozen 2 investiram não só nos atores que já fazem parte da história e já mostraram a que vieram, mas nas versões mais comerciais, com artistas que não participam diretamente da parte da atuação. As escolhas de Weezer, uma banda por si só bem humorada, e Panic! At the Disco, já habituada a vocais poderosos, foram muito mais acertadas do que Demi Lovato para “Let it Go” na versão americana, por exemplo.
Canções que ficaram de fora do filme também são um espetáculo! Não entraram, mas não devem nada às que entraram no filme. Claro que não é necessário ouvir as músicas extra para entender o filme, mas ter essa experiência dá uma dimensão emocional dos personagem muito mais completa.
P.S.: Indico “Get This Right”
Não subestima ninguém
Eu, Lívia, nunca considerei que a Disney subestimasse a capacidade de crianças de lidar com temas mais pesados, mas de uns anos para cá o posicionamento de não esconder processos difíceis da vida tem se tornado bem mais intenso. Frozen 2 em si é sobre mudança, sobre quando você acha que já se estabilizou, já fez tudo o que tinha que fazer, e aí a vida vai e te mostra que ainda não.
Costurado nessa história maior, Frozen 2 toca em assuntos como depressão, com a sequência de cenas que resulta em “The Next Right Thing”, uma música que não combinaria com a Anna do primeiro filme; racismo, racismo ambiental e seus desdobramentos com a disputa entre o antigo rei de Arendelle contra os representantes dos povos indígenas e que respeitam a natureza no nosso mundo (os Northuldra); as já tradicionais referências à militância LGBTQI+ que teve seu lugar especial na cena pós-créditos e, mas não menos importante, aquela cutucada na masculinidade frágil através do Kristoff, que é o romântico e apaixonada da relação entre ele e Anna.
É uma versão com spoilers, mas tem várias outras coisas legais para observar em Frozen 2 e que a gente não vai entregar assim de bandeja pra vocês irem assistir! Lembrando que a estreia é no dia 2 de Janeiro, pra começar 2020 com o pé direito.
Desejamos um feliz Ano Novo e um 2020 com reflexão, alegria e amor (assim como Frozen 2)