Temos certeza que a internet está cheia de ótimas recomendações para o dia de hoje – pode ser a lista dos melhores filmes de horror deste ano, dos melhores filmes clássicos de terror, dos melhores filmes de terror para ver com o crush… Por isso, a equipe do Cinesia decidiu dar uma de diferentona e fazer uma lista de não-recomendações!
É isso mesmo que você leu: nós reunimos 10 filmes de terror que, aconteça o que acontecer, você não deve ver nesta sexta-feira 13, ou enfrentará as consequências… Seja por que são filmes ruins ao estilo “prefiro que um psicopata me mate a continuar assistindo” ou tão assustadores que pensamos que nunca na vida conseguiremos dormir depois dele, é melhor não arriscar (mas será que a curiosidade vai deixar?).
Boa leitura!
_________
Ana Paula: “Um dos 128 minutos mais desperdiçados da minha vida, o Amante Psicopata (2015, Christie Will) é uma mistura de tudo que não se deve fazer para ser um filme minimamente descente. O longa tem com atuações forçadas e extremamente caricatas, um enredo arrastastado, previsível, e uma fotografia que não favorece nem um pouco aquele clima de terror que a gente tanto busca. De uma forma bem confusa, a história retrata uma mulher casada que acaba se tornando a obsessão do professor de seu filho, após passar uma noite com ele. O professor, que parece super simpático, é, na verdade, aquele homem embuste que não consegue entender o significado da palavra NÃO. Como bônus, ainda descobrimos que ele tem um histórico familiar tão bizarro quanto a máscara que usa (sim, ele ainda usa uma máscara horrorosa porque acredita que ela vai lhe conceder algum tipo de poder!). Para resumir, Amante Psicopata é a mistura de todos os ingredientes para um filme de terror clichê, e com a dosagem errada.
_________
Victor: “REC era a minha franquia de terror favorita. Há quem não goste do segundo filme, mas depois daquele final, a minha expectativa para o terceiro filme, REC 3: Gênesis (2012, Paco Plaza), cresceu muito. Mas foi ai que os diretores Paco Plaza e Jaume Balagueró decidiram, nesse terceiro filme, dar uma “pause” na história do prédio isolado, para contar uma história que pouco tem a ver com tudo que tínhamos visto antes, além de ser completamente irrelevante. Não há nenhuma informação nova, nem nada que complete a história dos filmes anteriores. Além disso, o filme começa como um found footage, marca dos dois primeiros filmes, mas, quando a situação fica mesmo tensa, isso é esquecido e passamos a acompanhar a história como se fosse um filme normal”.
- Verdade ou Desafio desperdiça uma interessante premissa e nos entrega um terror mais do mesmo
- Máquina de Pesadelos: O instrumento que cria trilhas de filmes de terror
- Assista o curta de terror de 15 segundos que assustou a internet
_________
Laís: “O Duplex (2015, Ikechukwu Onyeka) começa nos apresentando Emeka, que procura uma nova casa para morar com sua esposa grávida. Ao encontrar um duplex, mesmo a um preço estranhamento muito baixo, os dois se mudam. Mas, depois de meses na cara, uma aparição começa a assombrar a família. E quando a esposa de Emeka sobre um aborto espontâneo e começa a dizer que o bebê foi roubado de sua barriga pelo homem de preto, o homem começa a ver a aparição também, sendo aí o momento em que o filme começa a mudar de gênero e passar a ser muito mais uma comédia do que o improvável terror que se propôs a ser. Nas 2 horas de filme (não é curto!) vemos Emeka tentando descobrir de quem era aquela casa, o que leva a diversos e estranhos problemas familiares. É um filme de baixo orçamento, ruim, mas de uma forma maravilhosa. Assistindo sem julgamentos, é até possível se divertir bastante, rir das piadas ruins, dos péssimos sustos e da atuação medíocre.”
_________
Lucas: “Se você é cardíaco, não assista Um Lugar Silencioso (2018, John Krasinski). O filme é um suspense daqueles que não precisa de nenhum jump scare para te fazer realmente com medo. Ou pior, aflito. Na trama, uma família precisa viver em extremo silêncio para conseguir sobreviver a uma invasão de alienígenas que caçam humanos com sua audição. O longa intercala momentos de extremo silêncio em tela com aqueles que te colocam em uma aflição sem fim.”
_________
Carol: “Tem duas coisas que eu amo: filmes de terror e filmes que zoam filmes de terror. Pensando assim, O Segredo da Cabana (2012, Drew Goddard) deveria ter sido um filmão, mas, adivinhem: não foi. No filme, vemos um grupo de amigos indo para a boa e velha cabana no meio da floresta, que aos poucos mostra ser um tantinho assombrada. Até aí, nada demais, mas o filme tem um plot twist: na verdade, toda a situação está sendo controlada por uma equipe de TV, já que os jovens estão dentro de um reality show de horror. Esse é o tipo de proposta idiota que eu adoraria, já que abre portas para muitas piadas com o gênero de filmes de terror… Mas isso não rola. Quase não temos piadas, os personagens são muito sérios, os monstros e os vilões não convencem: ou seja, a ideia foi fazer uma paródia, mas O Segredo da Cabana acabou sendo apenas outro filme ruim de terror.
E pensar que, além disso tudo, o filme ainda desperdiça Chris Hemsworth e Jesse Williams… acho que é só a cereja do shitcake que foi esse filme”.
_________
Priscila: “Minha não recomendação é Para Elisa (2013, Juanra Fernández). O que me faz odiar esse filme é que ele tem absolutamente tudo para ser muito bom… Mas não é. Além de meio confuso, as atuações são meio 8 ou 80 durante todo o filme. O longa é muito curto e isso não deixa a tensão chegar ao ápice. Além disso, o roteiro se perde, os personagens se perdem e você também se perde. São 74 minutos mal usados e perdidos.”
- 5 filmes de terror com animais trevosos
- Harry Potter e as criaturas de filmes de terror
- Hereditário redefine o que é sentir medo
_________
Levy: “Eu lembro de ter visto Casa de Cera (2005, Jaume Collet-Serra) lá pros meus 9 ou 10 anos e de ter ficado HORRORIZADO com a experiência. Aí resolvi assistir o filme novamente… e a única surpresa foi ver a Paris Hilton. De resto, é um filme horrível. Eu diria que é um ótimo exercício de futurologia, porque não requer muito esforço saber o que vai acontecer na cena seguinte. A Casa de Cera cumpre com todas as cotas de clichês que você pode esperar de uma película de terror, e parece tentar compensar a previsibilidade com violência e gore gratuito – que foi o grande responsável por deixar uma criança de nove anos horrorizada. Rever esse filme foi uma experiência tão ruim que, no final, eu comecei a torcer para que todo mundo morresse mesmo”.
_________
Lívia: “Minha não recomendação é Carrie, A Estranha (2013, Kimberly Peirce). O reboot não ficou bom e a história perdeu todo o efeito que tinha. Para mim, que odeia sentir medo, foi bom de certa forma, mas, na real, acabou flopando. Na época tinha muita expectativa em volta do filme, e eu assisti com essa expectativa, na casa de uma amiga, e fiquei bem decepcionada. A melhor parte da noite foi a pipoca que a mãe dela fez”.
_________
João: “Falar de filmes de terror quando se misturam com outros gêneros é quase que comum, já que se tornou difícil encontrar um puro terror. Na franquia A Casa do Espanto, o horror se une com a comédia e cria uma atrocidade para os fãs de algo trash. O segundo filme (1987, Ethan Wiley) só não é exibido na Sessão da Tarde por conter sangue, mas as piadas e aparições seriam perfeitas lá. Uma dica, caso você seja herdeiro de uma mansão onde seus pais foram assassinados: nem entre… Venda imediatamente!”
_________
Danilo: “Tentando apostar em suspense psicológico, a Netflix tropeçou feio com Vende-se Esta Casa (2018, Matt Angel e Suzanne Coote). Na trama, uma mãe e seu filho adolescente vão viver nas montanhas, em uma gigantesca casa de seus parentes, após uma tragédia familiar. Lá, coisas estranhas começam a aterrorizá-los. Para uma produção com apenas 90 minutos de duração, o filme se desenvolve de uma maneira lenta, virando super maçante e cansativo. Em praticamente dois terços do filme, nada é acontece. Quando engata, somos entregues a um dos piores finais da história do cinema, em uma decisão artística que parece mais uma falta de orçamento para dar um final digno à produção. O roteiro raso tenta se sustentar em cima de portas fechando sozinhas, objetos sumindo e barulhos vindos do porão da enorme mansão. Tudo é desperdiçado: a casa como elemento para o clímax, os personagens clichês, a direção preguiçosa, tudo isso coopera para que esse filme fuja da sua lista nessa sexta-feira 13”.